Garça branca

Data 25/09/2014 01:48:01 | Tópico: Poemas

Aceitam da dor a singularidade
Esses olhos meus quase serenos,
Sem qualquer medo ou vontade,
Poços d'água tão pequenos.

À margem do não existido
O mesmo silêncio eficaz,
A fria luz do amor vivido
Na sujeição momentânea jaz.

Conto em mim tantos vazios!
Garça branca enumerando rios,
Argumentos que vão dar no mar.

Tão insensata a esperança,
Esse vento que me lança
Pra onde não posso voar.



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