
Vozes do silencio
Data 28/09/2014 15:11:52 | Tópico: Poemas
| Da manhã do tempo ouço seu clamor, Vozes do silencio de mim desgarradas. Ávidos lamentos do não amado amor Escondido nos cúmulos das incertezas Amordaçadas.
Eco longínquo de vozes sem vida Dos rascunhos de sonhos de amores não tidos De verbetes não lidos da estrofe perdida Nos mananciais de princípios e dogmas Poluídos.
Reclama das horas sepultadas em devaneios Por não amar com o amar que o amor quis, Quando quis do amor subjugar os anseios Enxertados com espectrais e renitentes receios Desde a raiz.
Róseo fulgor não havido que haveria de ser, Nesta negra e poeirenta mina de hulha, Ora resta lutuoso brilho do anoitecer, Sob o olhar vago e profundo da ave penitente Que infeliz arrulha.
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