Da Janela da casa do Outeiro

Data 29/09/2014 16:25:55 | Tópico: Sonetos

Da Janela da Casa do Outeiro
avisto o cemitério
num doce entardecer, triste e derradeiro...
E há silêncio na aldeia, um eterno desidério!

Corre o vento, passam aves embaladas
voando ao Sol-poente...
E ao longe, na Serra da Barrada,
descansa o horizonte ...

Quando a tarde cai sobre Ela,
desperta em mim uma saudade,
uma vontade de ficar no alto da janela ...

No cemitério, movem-se os ciprestes por instantes
e até os mortos se alevantam
p'ra ver a tarde penetrante ...


Ricardo Louro
Na casa do Outeiro em Monsaraz na janela virada ao cemitério e à Serra da Barrada.


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