NO CAMBOJA

Data 28/01/2008 15:55:41 | Tópico: Sonetos





No Camboja, por culpa, de um déspota assassino,
Em que lei não havia, senão a Marcial, cor de anil,
Milhares de cambojanos, tentaram fugir do perigo,
Encontraram a morte nos campos, culpa dum fuzil.

O Khmer Vermelho, dizendo-se do povo, o amigo,
Seguia as ordens da União Soviética: gente servil,
Combatendo nas ruas de Phnom Penh, o inimigo,
Quando desciam das montanhas em estado febril.

Claro que, para uns e outros, o somenos é o povo,
Mortos por uma bala perdida ou a golpe de catana:
Empilhando crânios, em bambu, como se dum ovo.

E, não eram só as balas, que matavam as gentes,
Muitos, sem ter o que comer, remetiam pró sacana,
A lembrança de suas casas e das crianças cientes…

Jorge Humberto
25/01/08









Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=27956