Da alma (in)quieta

Data 11/10/2014 21:53:57 | Tópico: Poemas

Há instantes havia
uma lua alaranjada
que sorria para mim
num céu adocicado
no algodão acizentado
das nuvens que faziam
vénias ao luar…

Olhei-as
no vento ardente
da alma (in)quieta
sosseguei o silêncio…

Recordei os pingos da chuva
de dias idos
o luar verteu um orvalho…

Na janela da madrugada
amparei a húmida (in)certeza
com as mãos abertas
nos dedos que dedilham palavras…

Palavras que escorrem
nas orlas rubras
da pele quente
que o meu corpo veste
antes de tudo!


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