ASPAS

Data 12/10/2014 02:51:09 | Tópico: Poemas


Como uma flâmula ardendo,
condenada,
feito argumentos
imprecisos mas enfileirados,
um tudo,
entre eu o nada numa noite de lua movediça,
tremulo.
“Apartar-me desse desassossego,
leva este vazio do lado de dentro,
que se agiganta e
transborda.
Deita fora minha coleção de ossos e
afoga minhas queixas
num gole de gozo.”

Recolha-me
até cessar essa fase de parir dores,
sem eleger prioridades e
tudo ficar reto,
até que não exista mais chão e eu,
um nada
entre “aspas”.



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