drois

Data 17/10/2014 05:20:32 | Tópico: Poemas

a navalha serena
margeando o pão
ressuscitando os farelos
como enfarto e, uma toalha
nu o silêncio da mesa
no peito é esmeralda
a cor que não tem o direito de cura

a única boca que pode emergir
é a sua
alvoroçando palavras casuais
quebradas em drois
no chá preto das noites

nos gravetos macios
perto de não dizer... aos lábios
o batom das coisas.



Vania Lopez


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