Solitário
Data 24/10/2014 22:29:57 | Tópico: Poemas -> Solidão
| O olhar tocado pelo plúmbeo adormecer das ruas da cidade nos pés plantados de cansaço rumorejam no empedrado fundo de engano.
Entorpecidos vagabundos do tempo fundam nos bolsos mãos anémicas vítimas sem recursos tecem ansiedades e fendem pensamentos em atalhos.
Mitigam odores cores e frestas procuram um laço um sorriso um ombro sentindo a palidez na boca de um pacífico caule de mortalha descontinua.
Passos ocos atravessam a noite em adormecido quadro de horas cismadas, sem choro, no riscar dos dias a lâmina da noite, faz febril o corpo.
Na concha da mão envelhecem perturbando a solidão que o gatilho da esquina guarda, para num só esforço, suspirarem tentações e subirem no esquecimento.
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