
reminiscencia
Data 01/11/2014 01:17:39 | Tópico: Poemas
| Réminiscence d'une fable existentialiste Se leio o absurdo da voz que me devora Se saio aos rodopios praguejando meus pares Jogo-me no cancro ferrugem em feridas em brasa Se olho o tempo voltando do nada Despedaçando meu destino confinado Calado nervoso me disperso E na escuridão do abismo me choco Impassível às avessas abestalhado cansado insípido E no nada me refaço já que a ruína já foi um palácio Nenhuma gravidade nos fatos Cotidiano suspenso no espaço Mas tudo fica sólido onde passo Com pés pesados atados às ervas malditas Soslaio mirando o funil das larvas trementes Maltrapilho indigente deslizado presente Aos zincos perambulo na noite infame Mandrágoras sussurram meu nome Turbinado clarão de espasmo movediço Marejado sofrer eterno cambalear na beirada do caos Cripta da saudade degela as epidermes necrosadas da alma Decrepitudes bestiais inflamam as galeras no arraial Silêncio agora lá no ermo do espaço Desdobrado decadente esticado no varal das miríades Esse trunfo salutar e também atado em chaga enferma Prostrado arcado e desfolhado a míngua nas paineiras Vertiginoso destino arremessa-me á tambores tachibanas Aos gritos abissais emergido as crateras do acaso Ass: Λάδι Βιώσας
poema surrealista
|
|