Viés sombrios das masmorras da minha alma amargurada

Data 01/11/2014 12:19:25 | Tópico: Poemas -> Tristeza


"... Se surjo desacreditado profeta das sucatas de esperanças,
obro gravando ali com esfuminho quimérico rudes esboços...”

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- Viés sombrios das masmorras da minha alma amargurada -




Bem sei que jamais serei Deimos, auriga de meu destino,
nem jamais surgirei como núncio de alvíssaras próprias;
sou pródigo em partir sem mais delongas, não me prendo:
- jamais poderei compreender a importância dos adeuses.

Não me definirei em terra alheia, outra vizinha ou remota,
serei sempre apenas mais que ágil arauto de apocalipses,
mero delator de arcanos virtuais esperando alvas nuvens,
elas agregadas ao entardecer tomarem forma de elefantes.

Se surjo desacreditado profeta das sucatas de esperanças,
obro gravando ali com esfuminho quimérico rudes esboços,
rio encadeando no céu talhas enleadas de sonhos alheios.

Ledo abrando a dura lida, quedo-me silente e macambúzio,
diante dos mistérios e dogmas dissimulados nos recônditos,
viés sombrios das masmorras da minha alma amargurada.


01112014
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