
Volátil
Data 01/11/2014 16:04:49 | Tópico: Prosas Poéticas
| Volátil
Resta só mais um dia triste, os outros virão mais alicerçados e acaso me esqueça ainda me resta um pouco de vigor pra seguir esta redenção plena de fulgor avisem-me por onde devo eu seguir porque nestes caminhos traçados inocentes e esmiuçados à tangente prescrevo a retórica delimitada nos ecos e sussurros da voz quase rechaçados no tempo onde me perco neles em reflexos corroborados em cada gesto teu
Sabes, está aí a chegar o inverno e derrama-se pela minha cidade os mesmos problemas já fadados deste tempo tão moderno subalterno e transversal ao trânsito que se esvai nas artérias desta vida entupida às vezes magistralmente penosa cheia de paralelismos e estrofes intemporais e rusgas pela mentira em detrimento da verdade
Estejamos pois cientes que no exacto momento faça sol ou chuva cerraremos as portas ao dia tão sarcástico como a solidão que me impregna cada lágrima assim derramada e velada no protagonismo que a vida tece a cada metamorfose
Resta assim tudo como assim tudo nasce e morre no Outono a cada passo onde me abrigo do gélido Inverno que me consome monótono e a caridade até já deixou de ser uma rotina perdida no orçamento da vida pois assim se constrói o meu subúrbio ordenado pelo casario fragmentado entre as colinas solitárias onde por fim se funde este poema tão decepcionado e inútil embargado agora no meu silêncio quase, quase, espoliado e tão volátil FF
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