Pode não ser provável, nem imaginável. Mas, nesse andar da carruagem, talvez um dia até possa ver Deus no banco dos réus. Sobre isso, já li no pequeno manual um juízo apreciativo. Por que haveria de inventar se a moda das camisetas brancas vigora até mesmo agora, em pleno outubro de 2014 ? Então, sei que sou rico, mas sua mudez me excita. E tem mais. Alguma coisa de repente fez com que os versos se fossem contra o vento, num sopro de vida esvaída, tornando cada vez mais remotas as chances diluídas. Fico somente imaginando uma semente em florescência atrás do espelho.
Na verdade ainda te espero. Até quando a fruta estiver madura. Ou um pouco mais se houver alguma crítica a quem sai por ai procurando um novo porto onde haja arco íris feito de bolhas de sabão. Religiosos não iriam admitir que Cristo come como um homem. Mas há look para tudo numa romaria, até para ir ao cinema num dia santo. O que não quer dizer que tudo se deve fazer lendo poemas em latência na mais pura solidão. E procurando os versos que foram com o vento enquanto ainda te esperava, soprado parcimoniosamente, em partes iguais, divididas por essa lâmina de amor imaginado, fruto de uma paixão na praia de nudismo.

Ainda por falar em religião, Maria mãe deve conhecer bem suas crianças jogando em times políticos para desassossego geral da plateia impaciente nesta hora antecipada. Pai sepulto, li a carta pedindo perdão ao que invento subjugado ao mais doce destino debaixo daquela árvore em cujo tronco fiz uma cruz admirado com a beleza da mulher que andava nua. Neste tempo, o seu desejo não passa de arrogância contumaz e aleatória, já que as trocas de energia consentidas são maiores e tem mais luz que a compulsórias quando finalmente despontam no horizonte os olhos das noites soturnas



Inspirado nos títulos de poemas publicados.
Fonte: http://www.luso-poemas.net/index.php#ixzz3IfmUTRnM 10112014-11:58 HBV