Poema fosco

Data 16/11/2014 16:32:35 | Tópico: Poemas

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Este poema não pode ser sombrio.
É o poema do brio de uma saudade
de um falso amor
que eu,
profeta
falso
de ficções de palavras,
professo
em letras amorfas
nos fundos de alguns versos
simples
da rede de pescaria social.
Eu escrevo um poema claro
de dedos para cima
indicando o fundo do meu
poço no céu.
Minha subida, elevada
na ponta da escada de Jacó.
Na garganta, o nó
das cordas vocais
soltam um grito enforcado
que dão ao poema criado
o respeito
que ele merece
por ter saído do peito,
em prece,
das mentiras que só poetas
sabem viver.

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