Sabe-me a boca a angústia

Data 19/11/2014 17:41:09 | Tópico: Poemas

Sabe-me a boca a angústia
qual travo bafiento, amargo.

E cada palavra que largo
que solto, livre, ao vento
... sucumbe em desalento
e nunca chega a ser verso...

é um sentir perverso
este que me apoquenta
queima a alma duma forma lenta!

Cada palavra que voa, é um dilema...

morre sem ser verso ou poema
amorfa, cambaleia ressequida
repleta da angústia escondida
a que me sabe o céu da boca!

Louca
esta minha vontade de nunca ser poeta.



Andy


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=282625