
NOITES DE NATAL
Data 02/12/2014 15:19:20 | Tópico: Poemas
| Rompido o silêncio do passado Recordações assomam sem cessar De Natais tão longínquos, esmerados Na alegria que aos de hoje faz pasmar.
Sapatinhos colocados na lareira À espera que o Menino de Belém Os enchesse de prendinhas, de maneira Que todos, de manhã, ficassem bem.
A família e amigos reuniam Numa noite especial para irmanar Ninguém saía, os mais velhos construíam As jogadas dos pinhões, do “rapa” ao “par”.
O tiquetaque do relógio diz presente O Menino acorda, a esperança impera, Quebramos as memórias, vamos em frente, Somos adultos, deixamos as quimeras.
O Pai Natal tem também o seu lugar Nesta Noite feliz de Consoada Mas o “galo” deixou agora de cantar A “missa” já não é de madrugada.
Mas há festa, há mexidos, rabanadas Os abraços se misturam, cordeais, Há preces para ajudar na caminhada Os mais pobres, para sempre haver natais.
E neste ambiente festivo, Da fralda à bengala pouco vai! Vivamos em amor caritativo Até o pêndulo se cansar dos nossos ais.
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