CÓLERA DO AMOR

Data 01/02/2008 21:54:36 | Tópico: Sonetos

Se, dum soneto de amor, partires em fúria,
Que vagues, sem a zanga dos estilizados!
Que sopres como ondas Astúrias,
Que caibam em mim, tal qual um brado!

Como a cólera dos tigres, em ti repouso...
Unhar sereno e enfeitiçado.
Medo incontido em teu próprio olho,
Tens por mim, amor pautado.

Na raiva que em ti, eu sei que existe,
Um lago sereno a esperar ternura,
A esperar o amor, vir em candura...

Nas madrugadas, por ti magoadas,
Serás então, o caloroso vento,
A espantar o amor de dentro desse peito?




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