MÁSCARA NEGRA

Data 02/02/2008 01:00:12 | Tópico: Sonetos





Atada à face, uma magia que encanta,
A negra máscara, que doravante luzia.
Num velho armário, que a poeira levanta,
O cheiro do orvalho, como a luz que lhe guia.

Às ave-marias cantadas com esmero,
Num rosto esqüálido, desvirginal, profundo.
O lábio amante, as narinas no espelho,
Alada máscara, que vagueia no mundo.

Nos seus afetos, é felina de lava
Que, ora queima o amante de amor
E sem remorso, sua voz que se trava;

Entre as cortinas, dos rostos desertos,
Que se escondem, dos laços do ardor,
São as máscaras dos pecadores confessos.



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