SONETO AOS POETAS

Data 15/12/2006 17:34:29 | Tópico: Sonetos

Neste momento de angústia e trauma
Quando cerro fileira com eruditos poetas
O fogo da vaidade consome minh’alma
E meu nome ecoa nas livrarias desertas.

Não, não temais companheiros do infortúnio
Meu poetar não é poesia
Não, não serei senhor deste latifúndio
Não envergarei o fardão da Academia.

Estou ébrio, este é meu sopro derradeiro
Apartou-se de mim a musa de outrora
Fui deserdado pelo livreiro.

Não, não mais me fio no lábaro dos escritores
Na volátil e trágica epopéia do agora
Mirra a devota fé dos leitores.



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