Prandial

Data 08/12/2014 17:06:59 | Tópico: Poemas

A quatro mãos nos rasgamos os corpos
postos à mesa da noite,
em sangue e vinho marinados.

As nossas bocas navalhas
dançando frenéticas no rubro da epiderme,
sugando entranhas expostas
em labaredas sonoras
feitas de sal e de alucinação.

Assim o tempo sucumbe estancado
no espelho frio do granito
onde as sombras densas do gozo
se debruçarão, aos pares,
por sobre os nossos restos. 



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