A SENDA DA MISÉRIA

Data 14/12/2014 14:16:55 | Tópico: Sonetos

A SENDA DA MISÉRIA

Se o nordeste é a senda da miséria,
Uma sina que transcende ao cidadão,
Já estamos atravessando a nova era,
Pois a gloria nunca chega ao sertão.

Como pode um povo ser espezinhado,
Pelo homem mas também pelo senhor,
Faz todo sentido a perda do dito amor,
Dando voz a estas revoltas anunciadas.

Além da seca ainda mas trombas d águas,
Vem arrastando as moradias e os viventes,
E na lavoura não lhes sobram quase nada.

As cidades foram transformadas em lamaçal,
Todas fedorentas sem asseio pra se morar,
E seus governantes planejando reformá-las


Este soneto retrata um momento em que várias cidades do sertão nordestino foram arrastadas por uma tromba d água, depois de anos seguidos de secas.



Enviado por Miguel Jacó em 30/06/2010
Reeditado em 14/12/2014
Código do texto: T2349426
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