O MEU CADÁVER.

Data 17/12/2014 12:09:33 | Tópico: Sonetos


As sensações que abatem o nosso ser,
Desprovidos que ficamos de harmonia,
E já dominados em profundas agonias,
Nossas carnes assemelham-se a carniça.

Tem os germes exalando suas cobiças,
Neste prato que vai ser o meu cadáver,
Pois vem a morte travestida de noviça,
Boa saúde nunca foi nem um entrave.

Desde o dia em que me vi convalescente,
Fui sendo tragado pela farpas deste horror,
Então vem o padre tenta me fazer gente.

Mas a esperança está nas mãos deste doutor,
E as fraquezas que me assolam sem piedade,
Já me consomem, e tenho sempre este pavor.


Enviado por Miguel Jacó em 29/03/2010
Reeditado em 17/12/2014
Código do texto: T2164895
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