BÁLSAMO

Data 02/02/2008 21:02:42 | Tópico: Sonetos

Vou bebendo desta água aos borbotões,
Matando minha desértica sede;
Tecendo com teu fio a minha rede,
Costurando como fazem os tecelões.

Faço de ti a minha companhia,
Afoga-me no âmago a solidão,
Transformo em deleite meu momento vão
Debaixo desta sombra. Poesia:

Vens a mim como bálsamo benigno,
Entrego-me à força do teu signo.
Tu és a maestrina desta pena

Que escreve minha louca aventura,
Que traz a esperança e que procura
Fazer a minha dor ficar pequena.


Frederico Salvo



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