
Razão e Esperança
Data 20/12/2014 04:36:08 | Tópico: Poemas
| A vida é um filme: O começo é ilusório; O fim, inconcebível! Desde os primórdios Tem-se um cenário único: O palco do planeta Terra! Através dos séculos O homem metamorfoseia Ambientes e costumes, Mas seu tirocínio principal É o mesmo: a ambição! Em derredor da ganância Fomenta guerras, violência... Agregam-se aos seus objetivos O orgulho, a vaidade e o egoísmo. A impiedade é clarividência, A hipocrisia, moeda social. A devassidão campeia afortunada, A ingratidão dorme ao relento. Sentimentos daninhos eclodem-se, Sucessivos e reiterados, A ignorância alimenta a alma. Fome e sede: ausência de escrúpulos. Natureza deteriorada: embrião de enfermidades. A esperança dói, a razão se enclausura. Os ventos sopram tempestades, Consequência da inanição intelectual. O bem dormita, o mal governa. Pandemias adoecem os espíritos, A morte ceifa inocentes... Retrato indecoroso do que foi um éden, Hoje pantanal de todas as vicissitudes. Há lágrimas nas faces ingênuas, Há sangue de mártires clamando urgências... A vida é bela, porém tais quais certas espécies, Perambulam rumo à extinção Na moldura acidentada do coração humano. Nunca é tarde, também nunca é cedo... O raciocínio necessita de despertar E saciar a esperança de possibilidades. A prece conforta, contudo não renova... É preciso de ação, luta desenfreada Para que o otimismo se alevante E, invés de lágrimas, possa-se sorrir, Conectando-se fidelidade à felicidade. As fraudes precisam de perecer E o amor deixar de ser saudade... Assim se evitará que abismos profundos Devorem a essência... a essência do viver!
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