Horas mortas

Data 22/12/2014 13:24:05 | Tópico: Poemas

Tudo aqui está tão calmo,
mas uma estranha inquietude
me aflige...
Como se não pudesse ser assim!
Já não acredito em tamanha paz...
(Se até no meu sossego
me vejo matando o tempo!?)
A calmaria engana!
É tão traiçoeira quanto a tempestade.
O marinheiro morre sedento,
parado, a deriva
por falta do vento.

E as horas mortas desse dia manso
parecem anteceder alguma batalha.
Eu me culpo por não estar me preparando.
Sei que algo espreita,
armando o bote...
Em tudo pareço prever!
A paz é a teia,
e da guerra,
um breve estágio!
E olho um céu de poucas nuvens,
dissolvendo as que tentam cruzá-lo...
Mar azul sobre meus olhos
onde assisto outro naufrágio!


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Parece que a vida nunca dá sossego...
Como se algo ruim estivesse sempre preste a acontecer.
Uma luta constante, num vale tudo... por nada!
Até a calma desse céu azul reflete meu medo:
vejo guerra onde a paz devia prevalecer!
E descanso esperando... a próxima porrada!





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