Um Conto De Natal ( A Boneca e a Menina)
Data 24/12/2014 12:48:28 | Tópico: Poemas
| Foi no tempo em que as fadas Benfazejas apareciam mesmo a Luz do formoso e fabuloso dia.
Foi num cenário não tão fantástico Onde os sonhos corriam céleres Como certas ninfas divinas...
Uma dúvida sinistra persistia: Não se sabia qual delas era a boneca... Qual delas era a menina...
Era mais um dia límpido e cristalino De Fevereiro.
Brincavam com seus reais brinquedos, Pelo imenso terreiro, Crianças jucundas e tantas eram e tão divino Era o momento que parecia que o próprio Firmamento era o mundo inteiro...
Pareciam, aos olhos vistos, que imperava Um cálido e perpétuo Domingo, Onde a felicidade fazia duradoura morada E tinham asas luminosas e encantadas os Pueris e os mais inocentes sorrisos.
Mas há recantos sem acalanto... Sem alegria... Onde a brisa do aveludado carinho não existe.
No alto da casa rica, de todas a mais bonita, Onde as plantas são mais belas, Onde reinam jardins de primaveras, Onde uma aparente felicidade reside,
Fica uma menina muito triste Que em um castelo se encerra, Fria, Vendo as outras crianças Esbanjando alegria E vida...
Ela tem a mais linda boneca de toda aquela rua. Para brincar com as outras crianças ela nunca vem. Fica ao lado da boneca da mesma estatura. Sozinha não divide sua boneca com ninguém.
Fica estática como uma estátua na janela. Nunca desce... Gosta sempre de ficar lá em cima. De longe impressiona quem vê aquela cena: Apenas duas silhuetas iguais e escuras, Quando se nota o quanto estava certo o poeta Quando disse o tanto que alma é pequena...
Tão linda era a boneca! Tão linda era a menina!
Punhalada de prata crava no coração! Tão linda as duas que passava uma ilusão:
Qual das duas era a mais linda? Qual das duas era a boneca? Qual delas seria a menina?
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