Na estrada da vida vale apaixonar-se pela bilheteira do metrô

Data 05/01/2015 10:55:47 | Tópico: Crónicas





Infelizmente algumas promessas não são cumpridas. E nem curtas quando o homem tem de trafegar consigo pela mesma estrada, dirigindo feito doido de pedra somente para levar a esposa até o trabalho. Ignorar as indicações do navegador e escolher uma das trilhas como a mais provável de acertos torna-se imperativo. Todo o grupo de alegres rapazes e simpáticas moçoilas esperava não ter que gastar nenhum tostão rindo a toa da boca do bufão levando uma garfada do prato à orelha.
Nessas horas, uma esposa não pode ficar em silêncio e apenas observar estrelas. Tresloucado amigo! O que diria sobre a observação de estrelas por esposas em silêncio na calada da noite quando o homem não tem mais argumentos para impedir a visita da genitora dela?
Sempre é aconselhável não interromper e esperar que haja momentos felizes vindouros. Pegar a estrada da vida, fingir-se de bobo, apaixonar-se pela bilheteira do metrô, vale tudo nessas horas.
Acontece que entre os crustáceos não é habito consultar anais estatísticos. Isso fica claro como respiração de um peixe, considerando que mesmo na lagoa há boatos, confusões, pique-pique e pula-pula. Mas seria precipitado tirar conclusões. Insinuação podem ter teor cáustico e ácido. Naturalmente seriam antagônicos, podendo entrar em combustão, mas figuradamente agregam valor ao mote.



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