Palavras aprisionadas

Data 03/02/2008 23:53:21 | Tópico: Poemas

Debruço-me nostalgicamente sobre a vida;
Sinto o peito sufocar com tanta palavra retida
No interior do meu corpo, feita prisioneira
De um sentimento que a alma me incendeia!



De súbito, abro os olhos e seguro a espada.
Chegou a hora, é inútil manter-me sigilada!
Com um só gesto, rasgo o peito e caio no chão;
Observo o sangue e as palavras esvaziarem o coração.



Faz frio na escura e torva madrugada;
Um rasto de sangue impio invade a calçada
Expondo um corpo visivelmente cansado,
Que se estende pelo chão, abandonado...


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