NO ARRASTÃO DO DESMANDO.

Data 09/01/2015 11:03:25 | Tópico: Sonetos


Delineio meu versar na espada do destino,
Não tento desafiar ao clamor me inquirindo,
No debate de alma e corpo o luar assistindo,
Ignoro ao meu sufoco estou me consumindo.

No arrastão do desmando nada é preterido,
E o tutor do comando é meramente bandido,
O homem de boa fé será bucha de canhão,
A enfartar do coração ao escutar estampidos.

A morte começa cedo mas deve ser um processo,
Nas cenas de desesperos amargamos retrocesso,
O homem é fuzilado com se fosse um boneco.

A vida é um divisor e o sangue é nossa areia,
A vazão é programada pelo ser que nos ponteia,
A ação do inconsequente ceifa nossa centelha.


Enviado por Miguel Jacó em 09/01/2015
Código do texto: T5095862
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