Como Eu

Data 11/01/2015 14:09:54 | Tópico: Sonetos

COMO EU

Vivo a inquietante turba das falências,
A imperfeição complexa do fracasso...
Falaz e verdadeiro num só abraço
Na contramão de todas as evidências;

Ora o heroico infante em excelências,
Ora em covardes defeitos me enlaço!
Cada minuto e sempre a cada passo
Mato e revivo tais inconsequências.

Como eu, fazem parte dos numéricos,
Vivos em estados cadavéricos
No exercício voraz da necrofagia,

Amálgama dos pútridos conceitos
Com a noção perfeita dos direitos,
Existindo por lei de fisiologia.

Álvaro Silva.₢




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