A Dor

Data 13/01/2015 20:09:56 | Tópico: Sonetos
















A DOR

Oh! Dor, tu és a tácita estradeira
Desbravando as montanhas grandiosas
Dos turbilhões de almas orgulhosas
Que se erguem ao clarão da luz primeira.

Sucumbem à tua ordem costumeira
No apogeu das honrarias ruidosas,
E gritam, e choram temerosas
Antevendo a sentença derradeira.

Apagam-se as luzes... Descem trevas
Entre as sendas íngremes e rudes...
Surgem outros Adãos, novas Evas.

E o mundo segue no mesmo estertor,
Até que essas almas sem virtudes
Compreendam a grande lição da dor.



Álvaro Silva


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