SEM OLHAR ATRÁS (RE.)

Data 19/01/2015 12:58:57 | Tópico: Poemas

Entre um golo de Baileys e um tique-taque, matei-te. Deixei-te à deriva no onirismo insano em que pairávamos, e decidi alcançar a porta da razão, subi degrau a degrau, de olhar inviezado, na esperança louca de te ver surgir entre as nuvens de areia. Hesitei por um momento, quando cheguei ao limiar ténue entre o sonho e a vida, mas tive que ser mais forte do que eu: chamei-me bem alto pelo nome, trepei o último degrau, larguei o copo, olhei o relógio e desatei a correr por mim. Desta vez sem olhar para trás.





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=286211