
CIRANDA BELZEBU - Poesia do meu 1º livro "Em todos os sentidos"
Data 22/01/2015 03:52:03 | Tópico: Poemas
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Eu, Forca ambulante, Como gente suicida, Que ainda desgostosa, Traço a cada passo, Uma meta sem destinos, Ausente de favores E deveres apagados; ...Entro na ternura do estranho, Arrebato nostálgica..., o vil, E deixo a minha carcaça dançar!
Também eu! Que “Cristo” não carrego, Pois, arreganho-me e falo Do grande falo do “Coisa” Que me veste com seus olhos, Os desejos da carne quente, Onde espectros sobressaem Rompidos de androginias, Em mil facetas libidinosas, Na mestra linha entre este meu Fluir do tênue, ao pecaminoso!
E todas nós! Barrigas de aluguéis que inflam, E parem filhos sem o nosso sobrenome, Como a defecar as meras incertezas Do não querer, desta vida desgraçada! Atada a romper com a iniquidade do meu isolamento, Apenas consternada e quieta ao ver esse mal passar, Eu pesco com as minhas unhas roxas de prostituta, A pedir a comida das injustiças, que é a minha dor! Mais fácil eu descer os degraus sem conselhos, Do que amarrar-se na minha não sorte, Subindo os degraus dos mandamentos.
Humanos tentam mais que a garganta já profunda, Que engoliu muda {o sabor da inexistência fecunda}, A gritar o que nos mata silenciosas..., travestidas de Sabores e sufocadas dentro desta ciranda entranha, Que pra falsa moral do mundo se arreganha; Ó, minha vida, vida minha de horrores!
Eduardo Eugênio Batista
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