Cortes Irreais
Data 23/01/2015 13:53:20 | Tópico: Poemas
| Com o suflar fictício da democracia, Dissipam-se imaturos Cortes do Além-Mar, Abrigos dos guardiões da Nação.
Em casa do povo que os Cortes tutelavam, Engrossam-se cortes que os Cortes desconheciam.
O povo ginga mas não adormece, Cada vez que a casa se estremece O povo se levanta, Grita e desfalece Com o cavalgar delirante dos reis do corte.
O povo ginga mas não estremece, Cada vez que no vazio dos bolsos se remexe, Uma revolta na rua se renasce.
O povo ginga mas não estremece, Cada vez que se corta tudo Do nada que o povo tem, Ouve-se lamúrias nos becos sem vida.
As tocadas fingidas Na hora de tear a verdade Elucida apócrifas verdades dos eloquentes, Locatários da casa do povo.
Urge obstar desperdícios, Mungir vacas gordas E cuidar do bem-estar social.
Adelino Gomes-Nhaca
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