AZÁFAMA

Data 29/01/2015 10:42:39 | Tópico: Sonetos

AZÁFAMA

Nada senão cansaços fora o dia,
Perdido em excessivos afazeres.
Não soube hoje d'amores nem prazeres;
Sequer alguma mínima alegria...

Passo apressado na rua vazia
Tão alheio à beleza das mulheres,
Quanto de seus mistérios e misteres,
Como não desejasse companhia.

Chegado em casa, nada já percebo.
Abro a garrafa e não sei o que bebo,
N'um gesto maquinal, indiferente.

Restara-me tão-só a noite e as estrelas
Mais um silêncio insólito a envolvê-las
Para o ócio me fazer de novo gente.

Betim - 28 01 2015


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=286847