À MEIA LUZ

Data 29/01/2015 22:22:13 | Tópico: Sonetos

À MEIA LUZ

Cheirava a almiscarado e cigarrilha.
Interessante, mas... Assim-assim...
Não sei que se dirá ela de mim,
Mas sua lábia má me maravilha.

Vê-la tagarelar bem peralvilha,
Convenceu-me não ser de todo ruim
Deixar-me elanguescer, ainda e enfim,
Se, a despeito de nós, a lua brilha.

Fosse como fosse, era noite clara.
Pude notar-lhe ao rosto uma luz rara,
Enquanto o seu perfume me instigava.

Então, tudo era mais belo do que era...
Nem soube diferir n'esta quimera
Quem, de facto, a mulher que ali estava.

Betim - 29 01 2015


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