E pensar que...

Data 30/01/2015 23:49:44 | Tópico: Poemas -> Saudade

Não há muito onde me possa agarrar.
Um abraço é o suficiente para o provar.
Fico acelerado,
E noto que por momentos sinto o que sentia apaixonado.

Não é fácil gerir e digerir a situação,
Controlar o impulso revela-se uma tarefa difícil
Que chega a tocar no frustrante.
Há vontade no coração
Mas torno-me um autentico imbecil
E nada parece ser bastante.

Foram os tempos mais maravilhosos
Que alguma vez tive experiência.
E foram também tempos dolorosos
De longas esperas e devida paciência.

E sentia-me alguém.
Útil, como um guardião
À distância de uma mão
Sem importar mais ninguém.

Pouco mais pedia,
Que não me sentia capaz de exigências
Tinha tudo o que queria
Só não podia com a ausência.


Com as decisões tomadas,
seguem-se vidas separadas
Oh...e se deixam saudade...
e tanta amizade...
Tanto por dizer livremente, sem pressão
Sem qualquer força a oprimir o coração.
Da forma espontânea de outros tempos
Onde era fácil expelir sentimentos.

Que razão haveria de existir
para quebrar algo tão bonito?
Porque não podia ser a nossa história
Algo pertencente ao infinito?

Não sinto que tenha sido justo
Sinto-me ainda afectado do susto
Não me vejo sozinho
Nem só um bocadinho.
Sinto tanto para partilhar
Tanto para quem agradar
E vontade nenhuma de procurar
Ou de me voltar a enganar.

Sinto-me insatisfeito
inseguro.
Longe de ser perfeito,
Frio e o coração sinto-o duro.

E pensar em achar tudo o que já tive em mão.
Tudo o que pedi para voltar e resultou num não
Algo consistente e capaz de me fazer contente
Algo, que sem saber seria o ideal, exactamente.



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