
CIRCUNSTANCIAIS
Data 31/01/2015 03:16:16 | Tópico: Poemas
| Durmo sonhos na brancura do catre E me vejo vulto sob o brilho noturno. Meu pensamento no silêncio desnuda A sombra que vagueia tonta e perdida Pelo soalho de cascalho rente à areia.
Pelo olhar onírico desvendo nuances De cores amorfas traçando caminhos Em busca da saída entrecortada pelos Ventos que sopram utopias nos vales E levam consigo o respirar da mentira.
Pesadelos atrozes flutuam na mente E assisto a cenas que traduzem terror... Minha inconsciência se agita. Febre! Desperto amalgamado por intenso sono, Ruína das tempestades do corpo quente...
Imenso deserto de solidão reina na noite Cutucando o vácuo sombrio dos açoites Que sibilam granizos que tocam o chão E adornam a enseada da passarela morta De vagas que zunem na imensidão inóspita.
A verdade sobrevive à agonia extrema Soterrando a hipocrisia nas montanhas frias E libertando a esperança dentre os cárceres Enlameados por pântanos ignóbeis e cruéis, Porém envenenados pelas próprias peçonhas!
De Ivan de Oliveira Melo
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