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 Sanidade Insensata Data 31/01/2015 19:09:44 | Tópico: Poemas
 
 |  | Em meu devaneio eu creio; 
 De sanidade estou cheio;
 
 Vida comum eu não anseio;
 
 Me disseram vem por aqui, mas  ali contraveio;
 
 
 
 Quero morar junto a minha loucura;
 
 Procurar por toda as manhãs a minha abotoadura;
 
 Andar livre de minha armadura;
 
 E me libertar das amarraduras;
 
 
 
 Conjecturas solenes;
 
 Vidas secas e serenes;
 
 Sair sem querer voltar ao toque da sirene;
 
 Portos e portões, vielas e becos, se espremem;
 
 
 
 Amanhecer junto ao dia;
 
 Lavar o rosto no tanque e não na pia;
 
 Fazer sexo selvagem em uma tremenda orgia;
 
 Minha vida anda chata, talvez muito tranquila;
 
 
 
 Vou buscar o além onde me encontrem;
 
 Ficar perdido sem ninguém, esperando o acalento de outrem;
 
 Eu me basto sozinho, pois aqui todos me tem;
 
 Mas o contraveio do ali, sobrevem;
 
 
 
 E por mais uma vez me pergunto, sou quem?
 
 Sou quem, eu quero ser?
 
 Sou quem, vocês gostariam que eu fosse?
 
 Sou quem, eu quiser e quando eu quiser!
 
 
 
 As vezes o preço é caro, mas estou disposto a pagar;
 
 Só não me venha dizer vem por aqui;
 
 Pois ali é que vou me aconchegar;
 
 E com certeza se for por ali para trás do aqui eu não vou olhar;
 
 
 
 Chegue mais perto não consigo ouvir sua voz;
 
 Os que são daqui, não se parecem com os dali;
 
 Não entendendo porque não quero;
 
 Mas ficar ali é o que eu espero.........
 
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