perdendo-se em barcos que sangram abismos

Data 14/02/2015 03:33:36 | Tópico: Poemas

pela paz que aperta a noite
lânguido sossego ruindo o peito
qualquer que seja a intensidade aguarda a ausência
o ruído do quintal germinado no frio sob o sol
em meus braços viceja o pavio
queimando nas duas pontas

fosse um deserto recordando sua areia

dentro o mar caminhando num mundo em chamas.
pousados no mesmo galho, perdendo-nos em barcos.

guarda-te, em oração
quando tudo que tenho é uma vida
que sangra nossa pele em abismo.




Vania Lopez



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