Carmim é o véu que cobre meu olho, sangue espúrio de caminhos malditos. É vida, a dor da morte que eu escolho; a morte é luz da vida dos teus escritos.
A árvore da morte no palco do mundo, olhos que me olham, um olhar profundo. Chuva de sangue, eu mergulho nas trevas. Deus, mostre-me a luz — eu caminho às cegas.
Quero deitar-me na luz deste ninho lascivo, ver no universo o lar com meu dom sensitivo, onde serpentes invocam com a voz da loucura desejos de olhos vermelhos que a luz procura.
Beije meus olhos, que na luz irradias. Vista-me de prata, sonhos transparentes. Lava-me o corpo em mar de agonias. Deixe-me ao sol… para que eu morra lentamente.