Nos palácios das inverdades
Data 19/02/2015 09:28:26 | Tópico: Poemas
| Nos palácios das inverdades, Discute-se meias-verdades Que não saem das gavetas Pra serenarem contenda dos homens.
No auge das desavenças, O Luzir de vaga-lumes de ferro, Desembala crianças Nos leitos abertos ao céu.
Gritos desolados dos indefesos bebés, Não acordam os indiferentes Nem incomodam os governantes Acomodados nas cadeiras do poder.
No céu coberto de chumbo, Flameja aço mortífero Que adia brincadeira de crianças Em noites de luar.
Governantes obcecados ao poder, Moldam inverdades E dão pé às contendas, Convocando reuniões Que se agregam às demais, feitas Nos palácios das inverdades.
Adelino Gomes-nhaca
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