
Faz de conta...
Data 19/02/2015 16:40:44 | Tópico: Prosas Poéticas
| Sei que não houve nenhum erro, nenhum desacerto, e agora nem dei conta que ainda tudo ou nada recomeçou, como o sol assim nasceu, e nunca mais além se pôs assim a lua por fim seus raios contornou em memoráveis lampejos desta incalculável luminosidade que te afaga e inebria exaltando o ser que me consome as horas os dias desapercebidos neste frio que pulsa em longos actos de sossego e maravilhosa euforia – Faz de conta que ainda é cedo, não tenhas medo, recomeça, porque nunca é tarde o recomeço e eu estarei onde em mim tu quiseres renascida, florescida, onde por fim em ti descanso no ermo das nossas invencíveis e apalavradas emoções disfarçando-me em prantos recluso nesta imortalidade que desabrocha generosa casta com delicadeza rupestre de uma rosa silvestre – Faz de conta equilibra-te em alegrias despe-me os sentidos em vigília onde em ti pressinto a mudança das marés o curar das ondas em maresias de esperanças tantas invisíveis danças oceânicas em cada olhar vazio onde ficamos mais sós insensíveis, previsíveis sucumbindo de amor repletos de nós FC
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