lapsos delírios

Data 19/02/2015 20:13:02 | Tópico: Poemas



de todos os voos restam nuvens
represadas no chão
refletindo céu
límpido irônico dono
da cor assomada.

de todos os navegares
são meus os lagos de silêncios aplanaidos
e a giganteza do mar
em desvairada azulância
de nada vale

dentro dos olhos cinza-mar, onde ondas píncaros chacoalham destroços de um naufrágio,
meus caules, ainda em gemas, gemem,
à derivas.

teimas em recolher,
teimo
perceber-te

descamisado, peito molhado
vacilo de tanto olhar-te miragem...
e os pergaminhos nossos
salvos na insistência tua de sonhar
tu e eu, oceânicos,
sem margens a despertar...


nesses lapsos - de delírios meus -




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