Quando amanhece e o sonho termina.

Data 21/02/2015 01:45:18 | Tópico: Poemas

corre o menino
corre a chuva
corre o tempo
lá vou eu pela rua

cai a noite
lua e estrelas
um chá às 7
la vai a donzela


ele olha, ela sorri
um aceno e outro olhar
ele pisca, ela graceja
eles vão namorar

o músico se admira com a cena
e o violino canta
o homem se encanta
vibra e acalenta

o doce veneno da felicidade
se espalha por toda a parte
uma febre contagia
pura nostalgia

o carro vai e vem
ruas escuras não tem ninguém
ele para e olha
ela respira e se agita

tudo muda em nossa volta
as cores recebem seus tons
e o que você faz aí parado?
sonhando acordado!

o vento leva e traz
um recado, um bilhete
que de mãos em mãos
faz o disse e me disse

ele vê, ela pensa
o desejo floresce
aí alguém grita
cuidado lá vai gente!

o gatinho provoca
e o cãozinho rosna
acho que vai ter briga

naquele lado
duas sombras no quarto
dançam conforme o vento
desta vez não invento
sobram suspiros e talentos

corre o menino, corre a menina
todos contra o tempo
então tudo congela
e de repente, com a imagem na mente
do beijo quente
lembra daquele tempo
que era da gente...

com o garçom, copo d'vinho
com ela o batom
vermelho tinto
a gravata combina
com o vestido da menina

no canto do copo a marca da boca
no cheiro o perfume do corpo
nos lábios uma gota
que o beijo...

e o palhaço que de tristeza sorria
agora saltita e brinca como criança
a vida, mesmo com seus tropeços,
traz alegria
pra quem busca esperança


e aquela saudade de um tempo bom
és coadjuvante
então ela olha
e ele corre
ela estende os braços
acolhendo aquele abraço


seu moço me tens no coração
sob forte emoção
me entrego
e desejo a ti fazer feliz,

minha querida, venero-te
e prometo diante da vida
estar sempre contigo
pois tu és o que sempre quis.

a música não termina
é uma sina,
de um sentimento que germina
colorindo os tons

e no peito o coração que bate forte
tem na sorte, o prazer de estar vivo

firme, ele não a solta
ela se aconchega
e não sofre

feito presa, fica a adormece
encolhida, protegida, ó destemida
mulher dos lábios de mel

fique mais um pouco,
embala-me ao sono
não vá senão outrora

não te deixo
não quero partir
preciso de ti.

quando amanhece e o sonho termina.












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