O MEU VERSO ESTÁ COM FRIO.

Data 27/02/2015 14:13:39 | Tópico: Crónicas


O meu verso está com frio, quer se abrigar em teu peito,
Mas reivindica o direito, pra ter status de um filho,
Tu me aceitas se quiser, sejas homem ou mulher,
Não fico onde não me cabe, já fui das letras perdidas,
Frações inertes sem vida, perambulando em dicionários,
Agora que formo um assunto, não sou queijo nem presunto
Pra ser apenas engolido, se me leu então digira,
Ou talvez não me prefiras, lamento a contradição,
Onde anda Ruy Barbosa, com sua arte famosa,
De escrever boas crônicas, alem de belos artigos,
E sabia ver o lirismo, nos versos desafortunados,
Que não continham política, nem traziam nada explícito,
Dos interesses do saber, mas traz no seu interior,
As carências do amor, e muita fome de viver.
Mas não fiques preocupado, se não consegues compreender-me,
Quem sabe lendo um gibi consiga te distrair, sem forçar muito a moringa,
A vida tem destas coisas quando secam as lagoas, pegamos água nas cacimbas,
O importante é o bem está que nos faça conquistar, no dia a dia o prazer,
No mais tudo é poesia com tristezas ou alegrias, somos conduzidos a viver,
Mas eu como um objeto, que permeia teu intelecto, sou obrigado a dizer-te,
Busca a tua compreensão, ou viras bucha de canhão, neste mundo sem porteiras,
Tem vaga pra todo mundo, mulher honesta ou vagabundas, prostitutas ou solteiras,
Homens de bem e honrados, também os cabras safados, que não valem o que comem,
Eu descrevo a todo mundo, pois sou um saco sem fundos, e habito o mundo inteiro,
Caso tenhas te esquecido, eu sou verso proferido, seu criado por inteiro.


Enviado por Miguel Jacó em 27/02/2015
Reeditado em 27/02/2015
Código do texto: T5151987
Classificação de conteúdo: seguro

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