MORTALMENTE FERIDA

Data 01/03/2015 23:55:19 | Tópico: Poemas

No seu próprio mundo o dominador foi subjugado,
Em meio às tempestades intimas de uma mente atormentada,
Aprisionada por sentimentos que dantes desconhecia,
Encontrou a perplexidade de sua triste condição,
A inumana alma, habitante da escuridão!

Uma lápide jazia na cavidade onde um dia houvera um coração,
E de prazeres mundanos alimentava-se o monstro chamado DESEJO,
E crescia espalhando-se sistematicamente pelas entranhas,
Convulsionando as extremidades de um corpo possuído,
Por essa necessidade anormal por jogos de violenta sedução!

Vibravam as fimbrias dessa alma como as cordas de um violão,
Produzindo uma melodia sensualmente sinistra,
No estalar dos açoites e no som das correntes,
Instrumentos de sua musica com os quais infringia de caricias brutais...
Sanguinolentas feridas!

Ai!... Ai!... De onde surgem as anomalias?
Quem faz assim determinadas criaturas,
Que para sentir prazer necessitam inocular a dor no semelhante?

Onde e quando o vício das paixões matam o amor verdadeiro,
Transformando o SER HUMANO em nada ser,
Deixando no lugar onde um dia havia uma inocente criança,
Cheia de vida e muitas alegrias, um poço de eterna tristeza?

Ai!... Ai!... Quem assassinou a tua alegria,
Quem abusou da tua inocência,
Quem te feriu assim tão mortalmente?


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=288748