No Silêncio Da Noite

Data 02/03/2015 00:38:13 | Tópico: Poemas

No silêncio sinistro da noite
Grilam grilos, coaxam as rãs,
O vento sacode feito açoite
As frutas maduras e temporãs.

A madrugada cai como uma luva;
O orvalho vai perolando uma erva;
Lavando a terra as gotas da chuva
Que uma corola de lírios reserva.

A precipitação mata a sede do rio
Efêmero que sobe feito um louco.
A floresta, após um rigoroso estio,
Vai se revigorando pouco a pouco.

A Aurora, enfim, descortina o dia,
Abrindo janelas das douradas manhãs.
Cessam o grilar dos grilos, o coaxar das rãs
E eu findo neste verso mais uma poesia.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=288750