O último passageiro

Data 02/03/2015 18:12:52 | Tópico: Poemas

A nau parte do cais
sulcando ondas do passado
em busca das insígnias
pra jovem democracia.

Na terra fofa e caótica,
fica último passageiro
a compor serenata
à dona corrupção.

De regresso ao velho continente,
a nau atraca
nos quatro cantos palopianos,
e o quarteto cantou em pompa
a mais bela serenata
ao mestre desenvolvimento.

Descontente e fardado de ambições,
o último passageiro
abre bunkas do desespero,
e decreta guerra sem quartel
à pátria lusófona.

Adelino Gomes-nhaca
Lx.13.06.2003


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