vazante

Data 04/03/2015 18:06:08 | Tópico: Poemas


ressentem-se das dores
impingidas pelos remos,
os braços do canoeiro.
tolhido pela miudeza do espaço
por tudo que arrecadou
para o pequeno barco,
vai com o busto hirto
sem um tabique
para o repouso dos ombros.

uma face de calmaria
indimensional planície
fez-se o mar.
não se arrisca
o vento um ataque,
sequer uma estria.

vão perscrutando
o horizonte, imóvel e calado,
aqueles olhos marujados
e o peito de si
arrecada ralo bramido...

- cadê a maresia
para ajudar a prosseguir
nesta vida!



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