
Exsultate Jubilate ... todos os rostos!
Data 07/02/2008 21:57:26 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Todos os rostos descem agora, o azul renovado das marés em debandada marinha - rostos antigos, urdidos em lágrimas d’ângulos justapostos e logo discordados por sob cera micro cristalina.
Atravesso o pórtico de Tritão, procuro acordes ocultos em sinfonias sibilantes, obras primas - das óperas aos tangos – e exausta, ninfa canónica em uso de balalaica subversiva encontro-te por fim, amado, em linha aberta, no trilho vocal de ser palavra.
No salão, o pó do tempo cobre agora porcelanas de Sèvres, cristais da Baviera. Na cintura quente da tua mão, em contracção de fé, descanso intensa d’artes milenares musa de semblantes ausentes, na elegância de Versalhes.
Em espera pálida todos os rostos afagam eternidades quando me vergam e me tomam em luas convergentes de escrita, de ventos breves, odalisca em oscilação p’la cintura.
A música toca… Em recidiva, danço-te ternurenta a fome da alma. Exalto-te, venero-te,(1) aclamo-te, Suplico-te meu, em delatórias de furnas cativantes.
Somos … todos os rostos. No amanhã, no hoje, no ontem, no antes.
(1)Exsultate Jubilate
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